Em muitos casos, pessoas próximas também podem indicar a terapia quando notam que o enlutado não está respondendo de maneira natural à perda, apresentando um quadro prolongado de depressão. Ou seja, quando a pessoa não consegue seguir com os compromissos habituais — deixando o emprego, por exemplo — ou quando apresenta comportamentos que expressam uma negação contínua do sofrimento.
Em geral, o período de tristeza profunda começa a diminuir a partir do 6º mês, sendo que entre um e dois anos, o enlutado passa a se relacionar de maneira mais adequada em relação à perda. Quando isso não ocorre, pode ser que ele esteja sofrendo com problemas psicológicos que podem decorrer da perda e, nessas situações, o atendimento especializado é altamente recomendado.
A terapia do luto ajuda a pessoa enlutada a realizar as tarefas do luto como a aceitar a realidade da perda, elaborar a dor da perda, ajustar-se a um ambiente onde está faltando a pessoa que faleceu, a reposicionar em termos emocionais a pessoa que faleceu e continuar a viver, sem necessariamente se sentir paralisada pela dor, ou adoecer por causa da dor.
Jéssica Sousa
Psicóloga
CRP 09/009126